quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Diferentes Métodos Contraceptivos

Qualquer relação sexual corre o risco de poder resultar numa gravidez se nenhum dos parceiros usar contracepção e, mesmo assim, nem todos os métodos são 100% eficazes.
Com o desenvolvimento da medicina, e a crescente preocupação da mulher com a sua sexualidade e contracepção, vários são os métodos disponíveis.
Salienta-se o facto de antes de tomar qualquer decisão deve sempre aconselhar-se junto do seu médico. A escolha do método e a sua eficácia dependem do diagnóstico e do paciente.

Métodos contraceptivos existentes:
- Contracepção hormonal oral (pílula)
- Contracepção hormonal injectável
- Implante
- Dispositivo intra-uterino (DIU)
- Preservativo
- Espermicida
- Abstinência periódica – autocontrolo da fertilidade
- Contracepção cirúrgica
- Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte)


De todos estes métodos, o único 100% eficaz para evitar uma gravidez indesejada é a abstinência sexual, ou seja, não ter relações sexuais. No entanto, se usar o método mais adequado ao seu corpo pode ter uma vida sexual activa e sem preocupações.

O único método que previne a gravidez e, paralelamente, garante a não transmissão de doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo, aconselhando-se sempre a sua utilização em todas as relações sexuais, principalmente senão tiver parceiro certo.



O que é a pílula?

A pílula, fármaco existente desde 1955, é um método contraceptivo que, através da sua toma diária impede a mulher de engravidar tendo uma vida sexual activa.
Estes comprimidos são compostos por estrogéneo e progesterona – hormonas sintéticas, parecidas com as que a mulher produz nos ovários.
Estas hormonas têm como missão parar a produção hormonal no seu estado regular, impossibilitando a libertação mensal do óvulo (ovulação). Assim, sem a existência de óvulo não ocorre o processo da fecundação.
Existem dois tipos de pílula, as pílulas de tipo combinado – COC, compostas por estrogéneo e progestagéneo; e as pílulas POC, constituídos unicamente por progestagéneo.

Tomar a pílula:
A pílula é tomada diariamente, de preferência no mesmo período horário. Cada embalagem contém 21 comprimidos, assinalados por dias, que duram para 21 dias seguidos.
Seguem-se 7 dias de descanso, onde ocorre a menstruação, e apesar de a mulher não estar a tomar nada não há risco de gravidez.
Passadas as 4 semanas, todo o processo se inicia novamente: o começo de uma nova embalagem que dura 3 semanas, para se seguir a semana da menstruação.

Esquecer-se de tomar a pílula:
A pílula tem de ser tomada, obrigatoriamente, todos os dias mas por vezes acontecem esquecimentos.
Assim que se recordar que ainda não tomou a pílula, faça-o de imediato desde que não tenham passado mais de 12 horas.
Se passaram mais de 12 horas da hora habitual em que toma a pílula, a segurança da pílula está comprometida. Não tome esse comprimido, mas continue com os outros nos dias seguintes. Nestas situações é aconselhável utilizar outro método contraceptivo em simultâneo, como o preservativo, pelo menos nos próximos 7 dias.
Se o esquecimento exceder mais de dois comprimidos o melhor é parar a toma daquela embalagem e utilizar outra contracepção até ao dia de chegar a menstruação. Nesse mesmo dia, comece então uma embalagem nova de modo a regular a situação.

Vómitos ou Diarreia?
Episódios de vómitos ou diarreia podem expelir a pílula tomada, perdendo assim o seu efeito contraceptivo.
Se teve algum destes sintomas mas já passaram mais de 3 horas desde que tomou a pílula não há qualquer tipo de problema, ela já está assegurada no organismo.
Se ainda não passou esse tempo, basta tomar outro comprimido (de preferência de uma outra embalagem suplente para não haver hipótese de confusão nos dias), e continuar nos dias seguintes com o processo habitual.

Spottings
Durante os primeiros meses da tomada da pílula é normal ocorrerem pequenas hemorragias, fora da semana da menstruação. São normais e não são motivo de alarme, o importante é não parar a embalagem até que esta termine.



O que é o Dispositivo Inter-Uterino?

O Dispositivo Inter-Uterino (DIU) é um pequeno dispositivo que se introduz no útero. É constituído por hastes muito finas, que ao ser introduzido dentro do útero previne a gravidez.
Este método contraceptivo funciona através da libertação de substâncias, uns cobre outros hormonas, para a cavidade uterina. Aí fazem com que se forme um muco cervical mais espesso, impedindo assim a progressão dos espermatozóides até aos óvulos, e, uma vez que torna também a parede uterina pouco propícia à implantação do óvulo, previne assim a fecundação e, portanto, uma gravidez.
A grande vantagem de implantar um DIU é não ter a necessidade de tomar um comprimido todos os dias, ou colar um autocolante.
A grande desvantagem é o facto de ter que recorrer a um médico para o colocar. A colocação é feita durante um procedimento ginecológico simples.

Existe dois tipos de Dispositivo Inter-Uterino (DIU):
- De Cobre
Exite um DIU feito de cobre é o mais popular, o mais conhecido.
É um método muito bom, tendo em conta que não é hormonal, ou seja, não liberta hormonas, o que é bom para quem não as pode tomar, como por exemplo mulheres com diabetes.
Os ciclos menstruais, neste método, mantêm-se com intervalos habituais, mas pode levar a que estas tornem o fluxo mais abundante e com que as dores menstruais mais fortes.

- Progestativo
No caso de um DIU medicamentado com progestativo, em vez de ser libertado cobre, é libertada uma hormona, à semelhança da pílula contraceptiva. A sua maior vantagem, em relação à de cobre, é provocar menos perdas de sangue, diminuindo o fluxo e também a redução nas dores menstruais. O que só terá efeito ao fim de um tempo de utilização, visto que é frequente existir perdas de sangue irregulares, por exemplo, ter o período mais que uma vez no mês, ou perda completa de menstruação ao fim de um ano de utilização.

Ambos os DIUs são muito eficazes e o primeiro pode ser utilizado por mulheres diabéticas, por não conter hormonas.
As alterações que sofrer com a aplicação de um Dispositivo Inter-Uterino invertem-se, caso remova e deixe de utilizar este método contraceptivo.


O preservativo!
Todos o conhecemos mas...
Como colocar o preservativo?


Para aproveitar as relações sexuais ao máximo, temos que ter em atenção sempre, a nossa protecção. Por isso é essencial usar um preservativo. Este é o único método que previne tanto uma gravidez indesejada, como a transmissão de uma doença ou infecção sexualmente transmissível.
E por isso é importante saber colocá-lo! Vejam aqui como:

1. O preservativo deve ser guardado num local limpo e seco e fresco, porque o calor pode danificá-lo. Certifique-se que ele está dentro do prazo, antes de usar.

2. Deve-se sempre colocar o preservativo antes do contacto físico, ou seja, antes da penetração, mas quando o pénis estiver erecto.

3. Abre o pacote, mas não uses os dentes porque podes danificar o preservativo.

4. Desenrole um pouquinho o preservativo de modo a ter a certeza qual o lado correcto para o colocar. Deverá deixar a pequena bolsa de fora.

5. Posicione o preservativo na ponta do pénis, segurando a ponta do preservativo entre o polegar e o dedo indicador.

6. Desenrole. Continue a segurar na ponta do preservativo, à medida que vai desenrolando o preservativo até à base do pénis.

7. Tem que ficar com uma área sem ar, onde ficará o sémen. Se puxar o prepúcio para trás, volte a puxá-lo para a frente, de forma a que faça o seu movimento sem romper o preservativo. Pronto!

8. Pode facilitar isto se colocar um pouco de lubricante, que estimula o penis também. Isso vai facilitar a penetração, e ajudar o preservativo a ficar no sítio, sem o romper.

9. Se utilizar lubricante use apenas lubrificantes à base de água, indicados para relações sexuais. Oleos de bebé, vaselina e loções para a pele podem danificar o latex do preservativo, rompendo-o. Se não tiver outro lubrificante, use preservativos feitos de poliuethane, apesar de serem mais caros.

10. Durante a utilização, tenha atenção para que o preservativo não saia do sitio. Se sair do sítio, páre imediatamente, lave bem e coloque um novo preservativo.

11. Quando terminar, retire o preservativo enquanto o pénis ainda estiver erécto. Segure bem a partir da base, de forma a não derramar o sémen.

12. Enrole o preservativo num pouco de papel e deite fora no balde do lixo. Nunca o deite na sanita. Utiliza sempre um preservativo novo, sempre que tiver relações sexuais.

É sempre bom saber estas coisas, pois como uma colega minha disse "mais vale prevenir que remediar".
Espero que vos tenha dado a informação necessária para evitar qualquer desconforto a nivel psicológico e fisico futuramente:)
Até a próxima mini-aula!

Cumprimentos
Sofia Mota

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