quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mendel e os seus estudos....

Genética

Desde os tempos mais remotos o homem tomou consciência da importância do macho e da fêmea na geração de seres da mesma espécie, e que características como altura, cor da pele etc. eram transmitidas dos pais para os descendentes. Assim, com certeza, uma cadela quando cruzar com um cão, irá originar um filhote com características de um cão e nunca de um gato. Mas por quê?



Mendel, o iniciador da genética

Gregor Mendel nasceu em 1822, em Heinzendorf, na Áustria. Era filho de pequenos fazendeiros e, apesar de bom aluno, teve de superar dificuldades financeiras para conseguir estudar. Em 1843, ingressou como noviço no mosteiro de agostiniano da cidade de Brünn, hoje Brno, na atual República Tcheca.


Após ter sido ordenado monge, em 1847, Mendel ingressou na Universidade de Viena, onde estudou matemática e ciências por dois anos. Ele queria ser professor de ciências naturais, mas foi mal sucedido nos exames.

De volta a Brünn, onde passou o resto da vida. Mendel continuou interessado em ciências. Fez estudos meteorológicos, estudou a vida das abelhas e cultivou plantas, tendo produzido novas variedades de maças e peras. Entre 1856 e 1865, realizou uma série de experimentos com ervilhas, com o objetivo de entender como as características hereditárias eram transmitidas de pais para filhos.

Em 8 de março de 1865, Mendel apresentou um trabalho à Sociedade de História Natural de Brünn, no qual enunciava as suas leis de hereditariedade, deduzidas das experiências com as ervilhas. Publicado em 1866, com data de 1865, esse trabalho permaneu praticamente desconhecido do mundo científico até o início do século XX. Pelo que se sabe, poucos leram a publicação, e os que leram não conseguiram compreender sua enorme importância para a Biologia. As leis de Mendel foram redescobertas apenas em 1900, por três pesquisadores que trabalhavam independentemente.


Mendel morreu em Brünn, em 1884. Os últimos anos de sua vida foram amargos e cheios de desapontamento. Os trabalhos administrativos do mosteiro o impediam de se dedicar exclusivamente à ciência, e o monge se sentia frustrado por não ter obtido qualquer reconhecimento público pela sua importante descoberta. Hoje Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico, sendo considerado o “pai” da Genética. No mosteiro onde viveu existe um monumento em sua homenagem, e os jardins onde foram realizados os célebres experimentos com ervilhas até hoje são conservados.



As experiências de Mendel

A escolha da planta

A ervilha é uma planta herbácea leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão e da soja. Na reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas. Sua escolha como material de experiência não foi casual: uma planta fácil de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que produz muitas sementes. Desde os tempos de Mendel existiam muitas variedades disponíveis, dotadas de características de fácil comparação. Por exemplo, a variedade que flores púrpuras podia ser comparada com a que produzia flores brancas; a que produzia sementes lisas poderia ser comparada cm a que produzia sementes rugosas, e assim por diante. Outra vantagem dessas plantas é que estame e pistilo, os componentes envolvidos na reprodução sexuada do vegetal, ficam encerrados no interior da mesma flor, protegidas pelas pétalas. Isso favorece a autopolinização e, por extensão, a autofecundação, formando descendentes com as mesmas características das plantas genitoras.







A partir da autopolinização, Mendel produziu e separou diversas linhagens puras de ervilhas para as características que ele pretendia estudar. Por exemplo, para cor de flor, plantas de flores de cor de púrpura sempre produziam como descendentes plantas de flores púrpuras, o mesmo ocorrendo com o cruzamento de plantas cujas flores eram brancas. Mendel estudou sete características nas plantas de ervilhas: cor da flor, posição da flor no caule, cor da semente, aspecto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura da planta.



Os cruzamentos

Depois de obter linhagens puras, Mendel efetuou um cruzamento diferente. Cortou os estames de uma flor proveniente de semente verde e depois depositou, nos estigmas dessa flor, pólen de uma planta proveniente de semente amarela. Efetuou, então, artificialmente, uma polinização cruzada: pólen de uma planta que produzia apenas semente amarela foi depositado no estigma de outra planta que só produzia semente verde, ou seja, cruzou duas plantas puras entre si. Essas duas plantas foram consideradas como a geração parental (P),isto é, a dos genitores.

Após repetir o mesmo procedimento diversas vezes, Mendel verificou que todas as sementes originadas desses cruzamentos eram amarelas – a cor verde havia aparentemente “desaparecido” nos descendentes híbridos (resultantes do cruzamento das plantas), que Mendel chamou de F1 (primeira geração filial). Concluiu, então, que a cor amarela “dominava” a cor verde. Chamou o caráter cor amarela da semente de dominante e o verde de recessivo.
A seguir, Mendel fez germinar as sementes obtidas em F1 até surgirem as plantas e as flores. Deixou que se autofertilizassem e aí houve a surpresa: a cor verde das sementes reapareceu na F2 (segunda geração filial), só eu em proporção menor que as de cor amarela: surgiram 6.022 sementes amarelas para 2.001 verdes, o que conduzia a proporção 3:1. Concluiu que na verdade, a cor verde das sementes não havia “desaparecido” nas sementes da geração F1. O que ocorreu é que ela não tinha se manifestado, uma vez que, sendo uma caráter recessivo, era apenas “dominado” (nas palavras de Mendel) pela cor amarela. Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores, cada um determinando o surgimento de uma cor, amarela ou verde.


Era necessário definir uma simbologia para representar esses fatores: escolheu a inicial do caráter recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo – para cor verse – e a letra V, maiúscula, o fator dominante – para cor amarela.



Persistia, porém, uma dúvida: Como explicar o desaparecimento da cor verde na geração F1 e o seu reaparecimento na geração F2?

A resposta surgiu a partir do conhecimento de que cada um dos fatores se separava durante a formação das células reprodutoras, os gametas. Dessa forma, podemos entender como o material hereditário passa de uma geração para a outra. Acompanhe nos esquemas abaixo os procedimentos adorados por Mendel com relação ao caráter cor da semente em ervilhas.



Resultado: em F2, para cada três sementes amarelas, Mendel obteve uma semente de cor verde. Repetindo o procedimento para outras seis características estudadas nas plantas de ervilha, sempre eram obtidos os mesmos resultados em F2, ou seja a proporção de três expressões dominantes para uma recessiva.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Barrigas de aluguer


Barrigas entre 20 e 70 mil euros.
Alugar uma barriga nos EUA está à distância de 70 mil euros. Algumas clínicas norte-americanas - nos estados onde é permitido - disponibilizam no site um catálogo exaustivo de fotografias e detalhes das candidatas a mães de aluguer. O serviço é "tudo incluído": contrato, mãe de substituição adequada, taxas, fertilização in vitro, medicação, acompanhamento médico e viagens. Na Índia - onde o negócio foi legalizado em 2002 e já existem 350 clínicas especializadas - o mesmo serviço "tudo incluído" desce aos 20 mil euros. A mãe substituta recebe em média seis mil euros, uma pequena fortuna no país onde uma mulher alfabetizada ganha menos de 14 euros por mês.

As mulheres portuguesas e brasileiras que põem anúncios na internet não deixam números.
Foram questionadas algumas dessas mulheres quer pelo jornal i, quer pelo jornal sol e quer por outros... nas respostas dadas, todas se voltam para o mesmo núcleo que "quanto a valores tudo depende de um consenso entre os interessados e as mesmas".

O dinheiro como motor do negócio é a principal razão por que é condenável.
Eurico Reis assegura que "nem tudo o que é realizável é eticamente aceitável" e é preciso prevenir que mãe de aluguer não se transforme numa profissão. "As mães de aluguer não podem ser barrigas profissionais", remata.

Daniel Serrão, o mais antigo membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, não concebe que "se admita a maternidade de substituição a toda a gente", embora admita a abertura de algumas excepções sem causar qualquer "ferida ética". O especialista aceita que o aluguer de uma barriga seja permitido "se o filho for gerado por um familiar próximo". "Em casos muito específicos e devidamente comprovados", ressalva. Se o útero que hospedar a criança for de um familiar, "limitam-se as possibilidades de negócio e o vínculo afectivo", defende Serrão.

O Código Deontológico dos médicos é mais ousado. É dos primeiros na Europa a abrir as portas às barrigas de aluguer. "Deixámos a porta entreaberta", adiantou o bastonário da Ordem dos Médicos. Pedro Nunes aceita que se possa recorrer à maternidade de substituição "em situações da maior excepcionalidade" mas esclarece que a lei do país não tem de ir a reboque do código deontológico. "Uma coisa é a ordem moral, outra a ética dos médicos e a defesa dos doentes."

E vocês que pensam do assunto?
Digam algo e deixem a vossa mensagem...

Sofia Mota

Infertilidade Humana e Reprodução Medicamente Assistida

O que é isto de infertilidade humana?
E reprodução assistida?


A infertilidade é a incapacidade temporária ou permanente em conceber um filho e em levar uma gravidez até ao seu termo natural.
Considera-se que existe um problema de infertilidade quando um casal tem relações sexuais regularmente (sem utilizar contracepção) durante um largo período de um ano, sem que ocorra uma gravidez.
A fertilidade total ou esterilidade é uma situação rara nos dias de hoje, pois podemos recorrer a técnicas específicas (reprodução assistida).
Nota: A gravidez pode acontecer naturalmente após o período mencionado.

•A infertilidade é encarada como uma doença.
•Atinge cerca de 15% dos casais europeus na idade reprodutiva.
•Pode ter origem na mulher, no homem e/ou em ambos.
- 52% - são casos relacionados com factores femininos
- 1/3 - são os casos em simultâneo.

Alguns factores masculinos:
•Produção insuficiente ou nula de espermatozóides;
•Gametogénese anormal;
•Produção de espermatozóides de fraca qualidade (com formas anormais ou com baixa ou nula mobilidade);
•Apesar da aparência normal dos espermatozóides podem não conseguir fecundar o óvulo, devido a anomalias bioquímicas impossíveis de detectar ao microscópio;
•Problemas anatómicos ou fisiológicos ao nível do aparelho reprodutor como obstrução dos canais por onde circula o esperma, etc.

Femininos:
•Inibição da nidação ou rejeição do embrião (aborto espontâneo);
•Problemas anatómicos ou fisiológicos ao nível do aparelho reprodutor como as trompas de falópio bloqueadas, danificadas ou ausentes , a obstrução do colo do útero, etc.
•Ovulação pouco frequente;
•Anovulação, quer porque os ovários não desenvolvem oócitos maduros, quer porque não os libertam.

E por último, os factores comuns:
•Problemas genéticos;
•Malformações congénitas;
•Factores imunitários;
•Distúrbios hormonais;
•A alimentação;
•O estado de saúde geral;
•Operações cirúrgicas (vasectomia, ovariotomia, histerectomia…)
•Stress (causa e consequência);
•Infecções sexualmente transmissíveis… - DST (sífilis; gonorreia; clamidia…)


Reprodução Medicamente Assistida
1.Inseminação artificial ou IUI (Intra-Uterine Insemination):
Pela inseminação artificial dá-se a transferência mecânica de espermatozóides, previamente recolhidos, tratados e seleccionados, para o interior do aparelho genital feminino, na altura da ovulação. Permite assim aumentar as hipóteses de fecundação.

2.Fertilização in vitro ou IVF (In Vitro Fertilization):
É a mais complexa!
Consiste na recolha de oócitos e de espermatozóides e da sua junção em laboratório, mais concretamente numa placa de Petri. O zigoto continua a ser incubado in vitro no mesmo meio em que ocorreu a fecundação, até que se dê a sua segmentação.
No estado de 6 a 8 células, é transferido para o útero para que ocorra a nidação (implantação e desenvolvimento).

3.Injecção intra-citoplasmática de espermatozóides ou ICSI (Intra Cyto-plasmatic Sperm Injection):
Consiste na microinjecção de um único espermatozóide directamente no citoplasma de um oócito. Depois o embrião é implantado segunda a mesma técnica utilizada na situação acima referida.
Na maioria dos casos, a obtenção do espermatozóide é por via cirúrgica.

4.Transferência intratubárica de gâmetas ou GIFT (Gamete Intrafallopian Transfer):
Os dois tipos de gâmetas são transferidos para o interior das trompas de modo a que só aí ocorra a sua fusão. Neste caso, a fecundação tem lugar in vivo.

5.Transferência intratubárica de zigotos ou ZIFT (Zygote Intrafallopian Transfer):
Ambos os tipos de gâmetas são colocados em contacto in vitro, em condições apropriadas para a sua fusão. O(s) zigoto(s) resultante(s) são então transferidos por laparoscopia para o interior das trompas.

6.Diagonóstico genético pré-implantação, Biópsia de embriões ou PGD (Perimplantation Genetic Diagnosis):
Consiste na extracção de um único blastómero de um embrião com seis ou oito células, sem causar qualquer dano – biópsia do embrião.
O PGD permite assim fazer o rastreio de aneuploidias.

7.Crioconservação de gâmetas e de embriões: Conservação de espermatozóides e embriões excedentários por congelação a baixas temperaturas recorrendo ao azoto líquido, obtendo-se assim temperaturas abaixo dos -196 º C.

Estes dois tipos são acessórias mas também de extrema importância.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Diferentes Métodos Contraceptivos

Qualquer relação sexual corre o risco de poder resultar numa gravidez se nenhum dos parceiros usar contracepção e, mesmo assim, nem todos os métodos são 100% eficazes.
Com o desenvolvimento da medicina, e a crescente preocupação da mulher com a sua sexualidade e contracepção, vários são os métodos disponíveis.
Salienta-se o facto de antes de tomar qualquer decisão deve sempre aconselhar-se junto do seu médico. A escolha do método e a sua eficácia dependem do diagnóstico e do paciente.

Métodos contraceptivos existentes:
- Contracepção hormonal oral (pílula)
- Contracepção hormonal injectável
- Implante
- Dispositivo intra-uterino (DIU)
- Preservativo
- Espermicida
- Abstinência periódica – autocontrolo da fertilidade
- Contracepção cirúrgica
- Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte)


De todos estes métodos, o único 100% eficaz para evitar uma gravidez indesejada é a abstinência sexual, ou seja, não ter relações sexuais. No entanto, se usar o método mais adequado ao seu corpo pode ter uma vida sexual activa e sem preocupações.

O único método que previne a gravidez e, paralelamente, garante a não transmissão de doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo, aconselhando-se sempre a sua utilização em todas as relações sexuais, principalmente senão tiver parceiro certo.



O que é a pílula?

A pílula, fármaco existente desde 1955, é um método contraceptivo que, através da sua toma diária impede a mulher de engravidar tendo uma vida sexual activa.
Estes comprimidos são compostos por estrogéneo e progesterona – hormonas sintéticas, parecidas com as que a mulher produz nos ovários.
Estas hormonas têm como missão parar a produção hormonal no seu estado regular, impossibilitando a libertação mensal do óvulo (ovulação). Assim, sem a existência de óvulo não ocorre o processo da fecundação.
Existem dois tipos de pílula, as pílulas de tipo combinado – COC, compostas por estrogéneo e progestagéneo; e as pílulas POC, constituídos unicamente por progestagéneo.

Tomar a pílula:
A pílula é tomada diariamente, de preferência no mesmo período horário. Cada embalagem contém 21 comprimidos, assinalados por dias, que duram para 21 dias seguidos.
Seguem-se 7 dias de descanso, onde ocorre a menstruação, e apesar de a mulher não estar a tomar nada não há risco de gravidez.
Passadas as 4 semanas, todo o processo se inicia novamente: o começo de uma nova embalagem que dura 3 semanas, para se seguir a semana da menstruação.

Esquecer-se de tomar a pílula:
A pílula tem de ser tomada, obrigatoriamente, todos os dias mas por vezes acontecem esquecimentos.
Assim que se recordar que ainda não tomou a pílula, faça-o de imediato desde que não tenham passado mais de 12 horas.
Se passaram mais de 12 horas da hora habitual em que toma a pílula, a segurança da pílula está comprometida. Não tome esse comprimido, mas continue com os outros nos dias seguintes. Nestas situações é aconselhável utilizar outro método contraceptivo em simultâneo, como o preservativo, pelo menos nos próximos 7 dias.
Se o esquecimento exceder mais de dois comprimidos o melhor é parar a toma daquela embalagem e utilizar outra contracepção até ao dia de chegar a menstruação. Nesse mesmo dia, comece então uma embalagem nova de modo a regular a situação.

Vómitos ou Diarreia?
Episódios de vómitos ou diarreia podem expelir a pílula tomada, perdendo assim o seu efeito contraceptivo.
Se teve algum destes sintomas mas já passaram mais de 3 horas desde que tomou a pílula não há qualquer tipo de problema, ela já está assegurada no organismo.
Se ainda não passou esse tempo, basta tomar outro comprimido (de preferência de uma outra embalagem suplente para não haver hipótese de confusão nos dias), e continuar nos dias seguintes com o processo habitual.

Spottings
Durante os primeiros meses da tomada da pílula é normal ocorrerem pequenas hemorragias, fora da semana da menstruação. São normais e não são motivo de alarme, o importante é não parar a embalagem até que esta termine.



O que é o Dispositivo Inter-Uterino?

O Dispositivo Inter-Uterino (DIU) é um pequeno dispositivo que se introduz no útero. É constituído por hastes muito finas, que ao ser introduzido dentro do útero previne a gravidez.
Este método contraceptivo funciona através da libertação de substâncias, uns cobre outros hormonas, para a cavidade uterina. Aí fazem com que se forme um muco cervical mais espesso, impedindo assim a progressão dos espermatozóides até aos óvulos, e, uma vez que torna também a parede uterina pouco propícia à implantação do óvulo, previne assim a fecundação e, portanto, uma gravidez.
A grande vantagem de implantar um DIU é não ter a necessidade de tomar um comprimido todos os dias, ou colar um autocolante.
A grande desvantagem é o facto de ter que recorrer a um médico para o colocar. A colocação é feita durante um procedimento ginecológico simples.

Existe dois tipos de Dispositivo Inter-Uterino (DIU):
- De Cobre
Exite um DIU feito de cobre é o mais popular, o mais conhecido.
É um método muito bom, tendo em conta que não é hormonal, ou seja, não liberta hormonas, o que é bom para quem não as pode tomar, como por exemplo mulheres com diabetes.
Os ciclos menstruais, neste método, mantêm-se com intervalos habituais, mas pode levar a que estas tornem o fluxo mais abundante e com que as dores menstruais mais fortes.

- Progestativo
No caso de um DIU medicamentado com progestativo, em vez de ser libertado cobre, é libertada uma hormona, à semelhança da pílula contraceptiva. A sua maior vantagem, em relação à de cobre, é provocar menos perdas de sangue, diminuindo o fluxo e também a redução nas dores menstruais. O que só terá efeito ao fim de um tempo de utilização, visto que é frequente existir perdas de sangue irregulares, por exemplo, ter o período mais que uma vez no mês, ou perda completa de menstruação ao fim de um ano de utilização.

Ambos os DIUs são muito eficazes e o primeiro pode ser utilizado por mulheres diabéticas, por não conter hormonas.
As alterações que sofrer com a aplicação de um Dispositivo Inter-Uterino invertem-se, caso remova e deixe de utilizar este método contraceptivo.


O preservativo!
Todos o conhecemos mas...
Como colocar o preservativo?


Para aproveitar as relações sexuais ao máximo, temos que ter em atenção sempre, a nossa protecção. Por isso é essencial usar um preservativo. Este é o único método que previne tanto uma gravidez indesejada, como a transmissão de uma doença ou infecção sexualmente transmissível.
E por isso é importante saber colocá-lo! Vejam aqui como:

1. O preservativo deve ser guardado num local limpo e seco e fresco, porque o calor pode danificá-lo. Certifique-se que ele está dentro do prazo, antes de usar.

2. Deve-se sempre colocar o preservativo antes do contacto físico, ou seja, antes da penetração, mas quando o pénis estiver erecto.

3. Abre o pacote, mas não uses os dentes porque podes danificar o preservativo.

4. Desenrole um pouquinho o preservativo de modo a ter a certeza qual o lado correcto para o colocar. Deverá deixar a pequena bolsa de fora.

5. Posicione o preservativo na ponta do pénis, segurando a ponta do preservativo entre o polegar e o dedo indicador.

6. Desenrole. Continue a segurar na ponta do preservativo, à medida que vai desenrolando o preservativo até à base do pénis.

7. Tem que ficar com uma área sem ar, onde ficará o sémen. Se puxar o prepúcio para trás, volte a puxá-lo para a frente, de forma a que faça o seu movimento sem romper o preservativo. Pronto!

8. Pode facilitar isto se colocar um pouco de lubricante, que estimula o penis também. Isso vai facilitar a penetração, e ajudar o preservativo a ficar no sítio, sem o romper.

9. Se utilizar lubricante use apenas lubrificantes à base de água, indicados para relações sexuais. Oleos de bebé, vaselina e loções para a pele podem danificar o latex do preservativo, rompendo-o. Se não tiver outro lubrificante, use preservativos feitos de poliuethane, apesar de serem mais caros.

10. Durante a utilização, tenha atenção para que o preservativo não saia do sitio. Se sair do sítio, páre imediatamente, lave bem e coloque um novo preservativo.

11. Quando terminar, retire o preservativo enquanto o pénis ainda estiver erécto. Segure bem a partir da base, de forma a não derramar o sémen.

12. Enrole o preservativo num pouco de papel e deite fora no balde do lixo. Nunca o deite na sanita. Utiliza sempre um preservativo novo, sempre que tiver relações sexuais.

É sempre bom saber estas coisas, pois como uma colega minha disse "mais vale prevenir que remediar".
Espero que vos tenha dado a informação necessária para evitar qualquer desconforto a nivel psicológico e fisico futuramente:)
Até a próxima mini-aula!

Cumprimentos
Sofia Mota

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Circuncisão feminina - O que devemos pensar? (pela Dra Halimatou Bourdanne)

A circuncisão feminina é um ritual comum praticado em certos países africanos, especialmente na Costa do Marfim, onde vivo. É realizado por certos grupos étnicos e consiste em remover uma parte maior ou menor dos lábios – as dobras macias de pele ao redor da vagina – e o clítoris da mulher ou de uma menina. O clítoris corresponde ao pênis do homem.

Há quatro tipos de circuncisão feminina:
Primeiro grau – remoção da parte superior do clítoris – isto é semelhante à circuncisão masculina.
Segundo grau – remoção completa do clítoris e de parte dos pequenos lábios.
Terceiro grau – remoção completa do clítoris e dos pequenos e grandes lábios.
Quarto grau ou infibulação – isto consiste em suturar os dois lados da vulva após a remoção do clítoris e dos pequenos e grandes lábios. É deixado um orifício pequeno para a menstruação.

A partir do segundo grau, estamos falando em mutilação. Problemas graves de saúde podem ser causados pela excisão, especialmente durante o parto.

A idade da circuncisão varia de acordo com o grupo étnico. Pode ser desde os sete dias de idade até quando se dá à luz pela primeira vez. Geralmente são as mulheres mais velhas que se encarregam deste ritual. Usam objetos afiados como facas, lâminas de barbear ou certas plantas.

As razões para a circuncisão
Muitas razões são dadas. No entanto, o objetivo principal é manter a mulher em submissão ao homem. A circuncisão impede a mulher de desfrutar do sexo na sua totalidade e sendo assim, as mulheres têm uma vida sexual de completa resignação. São mais dóceis porque sentem menos prazer. Algumas pessoas dizem que as mulheres que não foram circuncidadas não podem conceber.

No caso da infibulação, é para garantir a fidelidade da mulher. Na verdade, cada vez que o marido sai em viagem ele realiza a infibulação e no seu retorno ele ‘rasga’ os pontos.

As complicações

Imediatas…
sangramento grave, às vezes resultando em morte
ferimentos causados a órgãos vizinhos como a uretra e reto
infecção devido à falta de higiene, sendo a mais séria o tétano.

Posteriores…
dores severas durante as relações sexuais
problemas sexuais, pois a mulher não sente desejo nem prazer
infecções vaginais repetidas
fístulas.

Riscos durante o parto

Nas mulheres circuncidadas, geralmente somos forçados a fazer cortes grandes – episiotomias – durante o parto pois a abertura da vagina é tão reduzida em tamanho. Corre-se assim o risco de lesar o reto ou a uretra.

Um caso muito trágico que ocorreu durante o meu trabalho afetou-me bastante. Um dia uma jovem de 18 anos chegou aqui nos primeiros estágios do parto. Era a sua primeira gravidez. Ao examiná-la descobrimos que ela tinha uma circuncisão de segundo grau. Achamos que seria possível um parto normal pois o bebê era pequeno em tamanho. No entanto, quando o parto começou a demorar muito mais do que o normal, concluímos que havia um problema. Por não ter havido nenhum progresso, decidimos que havia necessidade de uma cesariana. Infelizmente, enquanto esperavamos pelo equipamento cirúrgico – pelo qual se tem de pagar – o bebê morreu.

A circuncisão tinha tornado a pele tão fina e rígida que o parto se tornou impossível. Ao remover o bebê morto, a vagina da mãe estava totalmente destruida e tivemos que suturá-la. Nos dias posteriores ao parto, a mãe teve perda de urina, o que nos fez temer o aparecimento posterior de uma fístula.

Nossa resposta
Como devemos reagir quando nos deparamos com esta prática? A circuncisão feminina é um problema importante e muito mais profundo do que se imagina. Qualquer pessoa que tente atacar este problema é confrontada com vários obstáculos – o maior dos quais é o silêncio das mulheres afetadas.

A circuncisão representa um assunto polêmico, assim como qualquer outra coisa relacionada com a sexualidade. É muito raro uma mulher consultar um médico sobre um problema ligado à sua circuncisão. Foram as mulheres intelectuais islâmicas que começaram a levantar o véu sobre esta prática.

Outro problema que encontramos é que as mulheres não educadas nem sempre concordam que a circuncisão feminina deve ser proibida. De fato, elas querem frequentemente que as suas filhas sejam circuncidadas. Estão convencidas de que este ato é benéfico, apesar dos perigos que correm.

Um terceiro problema é a nossa ignorância sobre os grupos étnicos envolvidos. Qualquer ação eficaz deve ser realizada com grande sensibilidade. Isto significa um trabalho longo e difícil para se compreenderem as suas crenças.

Como cristãos, podemos tornar nossas irmãs conscientes dos efeitos e riscos de saúde ligados a esta prática. Sabemos que a sexualidade para o casal cristão é um presente de Deus para seu prazer. Com as nossas irmãs não crentes, podemos apenas levantar estas questões mais tarde, quando tivermos ganhado sua confiança.

Se o número de mulheres educadas aumentar, é certo que esta prática entrará em declínio. A luta contra a circuncisão feminina é certamente algo a longo prazo mas que vale a pena. É apenas então que certas mulheres conhecerão a felicidade que um casal experimenta em sua intimidade e de estarem livres dos riscos para a sua própria saúde e de seus bebês.

A Dra Halimatou Bourdanne é médica. O seu endereço é 22 BP, Abidjan 22, Costa do Marfim, África Ocidental.

sábado, 9 de outubro de 2010

O que hoje descobri...

curiosidade: as coelhas antes de terem os seus filhotes, arrancam o seu próprio pêlo da barriga com os dentes para o colocarem no ninho!

O primeiro dia de uma ninhada de 7 coelhos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Desenvolvemento embrionário e Gestação





Agora em sintese:

Período embrionário - dura cerca de 8 semanas, os órgãos já estão totalmente esboçados.
Período fetal - dura as restantes semanas, os órgãos desenvolvem-se, maturam e crescem.

Durante todo o desenvolvimento ocorrem 3 fases:
Crescimento
Morfogénese
Diferenciação celular


Líquido amniótico - faz amortizar os choques, evita a dessecação e permite manter uma temperatura constante.
Anexos embrionários - permitem a ligação do embrião à mãe, permite a troca de substâncias, etc.
Placenta - produz substâncias fundamentais para o embrião e permite a passagem de anticorpos. É formada por endométrio e por vilosidades coriónicas.


O embrião sintetiza a hormona hCG que tem uma actuação semelhante à LH.

Actuação da hormona hCG:
impede a degeneração do corpo amarelo;
provoca um aumento acentuado da produção de estrogénios e progesterona;
actua ao nível do endométrio, garantindo as condições necessárias para a implantação do embrião;
é responsável por cessar os ciclos sexuais.

Entre o 1º e o 2º mês o embrião deixa de produzir a hormona hCG, o corpo amarelo regride, as hormonas ováricas passam a ser produzidas pela placenta.

Progesterona e estrogénios - contribuem para o desenvolvimento dos seios e das glândulas mamárias.


Cessar dos ciclos sexuais:




Testes de gravidez:
A hCG sendo uma hormona, é eliminada através da urina, o que permite que os primeiros testes de gravidez sejam baseados na detecção, na urina da mãe, da hormona hCG, que é produzida pelas células do trofoblasto. desde o início da nidação do embrião.

Trabalho de Parto:




Produção e saída de leite:
A sucção efectuada pelo bebé estimula a condução de mensagens nervosas para o hipotálamo, estimulando a hipófise posterior a produzir oxitocina. A oxitocina estimula as células-alvo das glândulas mamárias, estas contraem-se, ocorrendo o fluxo do leite.



Afinal quando é que começa a vida?
Até quando se pode abortar?
Abortar é igual a MATAR?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Porque não uma pequena visita?


























É extraordinário o nosso corpo não é?
Se querem ver mais, a exposição esta aqui no porto, em Alfândega (não tem data de encerramento definida).
Esta exposição encontra-se aberta todos os dias das 10h00 às 21h00.
O interior da exposição mantém-se aberto até às 22h30 para os últimos visitantes.
Divirtam-se e não se esqueçam que o saber não ocupa lugar, mas alarga os nossos horizontes e beleza.

Com um sorriso nos lábios
por ter ido efectuar esta visita
Sofia Mota

p.s.: Se necessitar de qualquer informação adicional por favor contacte directamente a exposição através de: ocorpohumano@desejosemlimites.com