sábado, 5 de março de 2011

Desequilibrios e Doenças do Sistema Imunitário (Parte II)

Concluindo:

As alergias são respostas exageradas a determinados antigénios do meio ambiente designados alergénios, resultantes de uma hipersensibilidade do sistema imunitário relativamente a alguns elementos, como o pólen, os ácaros, partículas de pêlos e penas, pó, algumas substências químicas e alimentares, venenos de insectos e, por vezes, algumas substâncias terapêuticas, como vacinas e antibióticos.
O primeiro contacto com o alergénio não produz, geralmente, sinais ou sintomas. No entanto, os linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, produzindo anticorpos Ig E, especificos para esse antigénio. Alguns destes anticorpos ligam-se a células, como mastócitos e os basófilos, que ficam assim sensibilizados para esse antigénio.
Se ocorrer uma nova exposição ao alergénio, este entra em contacto com os mastócitos e basófilos sensibilizados, que libertam histamina e outras substâncias inflamatórias, verificando-se quimiotaxia, vasodilatação, aumento da permeabilidade dos capilares, edema e, por vezes, dor.



Alguns tipos de alergia não resultam da produção de anticorpos, sendo antes uma hipersensibilidade mediada por células. Frequentemente, este tipo de reacção alérgica está associada ao contacto directo e repetido com determinadas substâncias, como, por exemplo, alguns metais, o formaldeído, a lixívia, o látex, cosméticos e medicamentos de aplicação tópica, etc. e traduzem-se pelo surgimento de eczemas, granulomas e lesões cutâneas.

Se a reacção alérgica ocorrer, por exemplo, nas vias respiratórias, pode verificar-se uma constrição dessa vias, dificultando a ventilação pulmonar, como acontece com algumas formas de asma.

Por vezes, a reacção alergica é de tal forma severa que resulta num choque anafilático. Nesta situação, verifica-se um rápido aumento da dilatação e da permeabilidade dos vasos sanguineos, levando a uma queda brusca da pressão arterial, podendo comprometer a vida. As picadas de alguns insectos são, por vezes, a causa das reacções anafiláticas em individuos sensibilizados para o veneno desses insectos.

O processo de sensibilização a um determinado alergénio não ocorre em todos os individuos. Alguns individuos vão sensibilizando progressivamente, à medida que têm vàrios contactos com o alergénio. Outros, porém, nunca desenvolvem mecanismos de hipersensibilidade para esse alergénio. A razão para estas diferenças ainda não é completamente compreendida.
Na tentativa de encontrar os alergénios responsáveis pelas reacções alérgicas que alguns individuos desenvolvem, procede-se a testes clinicos. Uma série de possiveis alergénios são inoculados na região subcutânea. Se o individuo for hipersensivel, desenvolve-se uma inflamação nessa zona, visivel através do inchaço/induração e da ruborização.

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