sábado, 12 de março de 2011

Imunodeficiências


O sistema imunológico actua para proteger o organismo de infecções. Essas infecções podem ser causadas por vários agentes, incluindo bactérias, vírus, fungos e parasitas. O sistema imunitário utiliza os linfócitos (ou outro tipo de glóbulos brancos do sangue) e as imunoglobulinas (ou anticorpos) para combater esses invasores externos.
As imunodeficiências podem ser de natureza congénita ou adquirida.

1.Imunodeficiência congénita
A desordem mais séria do sistema imunitário é aquela em que os indivíduos não possuem linfócitos B nem linfócitos T.
Pessoas com este tipo de imunodeficiência, têm dificuldade em combater as infecções devido à produção inadequada de anticorpos, ou seja, possuem um funcionamento anormal da medula óssea.
Um enxerto de medula óssea compatível pode ser um tratamento eficaz.
Existem outras deficiências congénitas menos graves.
Imunodeficiência congénita ou inata:- Esta doença tanto afecta a resposta humoral como a resposta mediada por células;
- Resulta de deficiências genéticas que se manifestam durante o desenvolvimento embrionário.

Qual a sua origem e as suas consequências?
Esta incapacidade do sistema imunitário responder aos agentes patogénicos resulta das malformações do timo, surgindo como consequência a deficiente produção de linfócitos B, que se traduz numa maior sensibilidade a infecções exteriores e na falta de linfócitos T, que se traduz numa maior sensibilidade a agentes infecciosos intracelulares (vírus e cancros), o que torna os doentes extremamente vulneráveis aos antigénios.

A mais grave Imunodeficiência inata:
A mais grave das imunodeficiências toma pelo nome de Imunodeficiência grave combinada (SCID). Esta doença caracteriza-se pela ausência de linfócitos B e T. Os doentes que sofrem desta doença são extremamente vulneráveis e apenas sobrevivem em ambientes completamente estéreis.

Tratamentos possíveis:
- Transplante de medula;
- Terapia génica (consiste na substituição de um gene defeituoso por um funcional).

2. Imunodeficiência adquiridaO caso mais paradigmático, na actualidade, é o da sida.
A Síndrome de ImunoDeficiência Adquirida, é uma doença viral causada pelo vírus HIV, da família dos retrovírus, que afecta o sistema imunitário.
O alvo principal são os linfócitos T, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. Assim que o número destes linfócitos desce abaixo de um certo nível; o colapso do sistema imunitário é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas que podem matar o doente. Além disso, o vírus da sida causa numerosos danos por si só.



Como se transmite o HIV?
- Relação sexual (vaginal, anal e oral) ou por contacto com sangue infectado, sémen ou fluídos cervicais e vaginais. Este é o meio de transmissão mais frequente em todo o mundo e o vírus HIV pode ser transmitido através de uma pessoa infectada para o seu parceiro ou para a sua parceira. (homem para mulher, mulher para homem, homem para homem, e menos provável mulher para mulher);
- Transfusões de sangue ou derivados (obtidos através de doador infectado pelo HIV);
- Agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados pelo HIV;
- Transmissão materna de HIV/SIDA pode ocorrer durante a gravidez, parto e aleitamento materno.

O HIV NÃO pode ser transmitido através de:
- Tosse ou espirro;
- Mordidas de insectos;
- Toque e abraço;
- Água ou comida;
- Beijo;
- Banhos públicos;
- Apertos de mão;
- Contacto no trabalho ou escola;
- Uso de banheiros;
- Uso de telefones;
- Piscinas;
- Uso de copos, xícaras, pratos ou outros utensílios.


Quais são os sintomas de infecção pelo HIV?
A maior parte das pessoas não têm sintomas quando ficam infectadas pelo HIV. Algumas pessoas contudo têm sintomas tipo gripe cerca de um a dois meses após a exposição ao vírus. Os sintomas podem ser:
- Febre;
- Dores de cabeça;
- Cansaço;
- Aumento dos glânglios linfáticos (gânglios do sistema imunitário facilmente palpáveis no pescoço e nas virilhas).
Estes sintomas, em geral, desaparecem dentro de uma semana a um mês e são muitas vezes confundidos com outras infecções virais. Durante este período, as pessoas são bastante infectantes e apresentam o HIV em grandes quantidades nos fluídos genitais.

Como é diagnosticada a infecção pelo HIV?
Dado que a infecção pelo HIV não causa em geral sintomas um medico pode fazer o diagnóstico pela pesquisa de anticorpos contra o HIV no sangue da pessoas que se quer testar. Os anticorpos HIV em geral não atingem níveis detectáveis no sangue entre um a três meses a seguir à infecção. Pode ser preciso até seis meses para haver anticorpos em quantidade suficiente para serem detectáveis pelos testes de sangue mais usados.
As pessoas expostas ao vírus devem fazer um teste o mais precocemente possível, entre os 6 e os 12 meses após a exposição ao vírus. Fazendo os testes as pessoas com infecção pelo HIV podem falar com o seu médico quando será necessário iniciar tratamento no sentido de ajudar o seu sistema imune a combater o HIV e ajudá-lo a prevenir certas doenças oportunistas.

Como pode ser tratada a infecção pelo HIV?
Os médicos podem prescrever inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa em combinação com outros fármacos antiretrovirais.
Estes medicamentos chamados inibidores das proteases interrompem a replicação dos vírus numa parte mais avançada do ciclo.
Dado que o HIV se pode tornar resistente a alguns destes fármacos os médicos têm que usar uma combinação deles para que efectivamente o vírus seja suprimido. Quando os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores das proteases são usados em conjunto diz-se que é uma terapêutica antiretroviral altamente activa que pode ser usada em doentes com o vírus do HIV.

Como pode ser prevenida a infecção pelo HIV?
Dado que não há vacina para o HIV a única forma de prevenção, da infecção pelo vírus, é evitar comportamentos de risco, tais como a troca de seringas e o sexo não protegido.
Aqui fica uma sugestão requintada:

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